segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sexo, Drogas e Politicagem.

A Guerra Fria vista dos bastidores
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JOGOS DO PODER
(Charlie Wilson´s War)
Dir.: Mike Nichols
Com Tom Hanks, Julia Roberts, Phillip Seymour Hoffman
1h 42min - Drama
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Tom Hanks parecia estar brigado com seus fãs. Ninguem pareceu ter gostado muito de "Matadores de Velhinhas", "O Terminal" e muito menos da atuação de seus "mullets" em "O Código DaVinci". Mas ele é um profissional, e como um ator que parece sempre ler o que vai interpretar, saiu novamente de sua linha clássica de personagens e interpretar um político polêmico, que se diverte em banheiras com drogas, mulheres e politicagem. Decidiu reapresentar sua linha versátil e acabou reconhecido pela crítica, mas nem tanto pelo público, na história do congressista americano que traçou um audacioso plano para derrubar a União Soviética durante a Guerra Fria.

E com isso, a história começa no começo da década de 80, onde o congressista, entre uma festa e outra, assiste uma suposta crise no Afeganistão e decide investigar. Dobra o orçamento de suporte dos EUA ao país e atrai a atenção de uma milionária simpatizante a causa (Julia Roberts, sumida antes e durante o filme). Juntos começam a traçar um plano para auxiliar os afegãos a vencerem a guerra e desestabilizarem a União Soviética. Entra em cena o renegado agente da CIA, Gust Avrakotos (Phillip Seymor Hoffman, genial como sempre) que arruma os meios e os contatos para que o plano dê certo. Só falta agora, convencer o governo americano a entrar numa guerra onde terão de se expor, e arriscar ainda mais a crise entre as duas nações mais poderosas do mundo.

"Falaram mal do seu cabelo..."
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Aviso: Este é um filme de diálogos. Inteligente, sarcástico e muitas vezes engraçadíssimo. Destaque para as cenas entre Hanks e Hoffman (as melhores do filme). Julia Roberts passa batida e assume seu posto de Coadjuvante. A composição do personagem de Hanks é estabelecida com muito pouco tempo e logo de cara simpatizamos com o personagem. Caso isso falhasse, um filme como esses escoaria ralo abaixo rapidamente. É um filme que manda seu recado de forma eficiente, sutil e com tempo para criticar o cenário atual. Mas corre o risco de ficar chato em um programa onde se precisa de menos atenção e mais diversão. Mas ei, Hanks está tentando. E ele acertou desta vez. Pena que Hoffman roube um pouco de seu brilho quando estão juntos. Ah, a saber: Baseado em fatos reais.
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(Nota 7,0)
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Trailer:

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