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O assassinato do presidente em oito pontos de vista diferentes
PONTO DE VISTA
(Vantage Point; EUA, 2008)
Dir.: Pete Travis
Com Dennis Quaid, Matthew Fox, Sigourney Weaver, William Hurt
1h30 min - Ação
Há alguns anos, o Real Madrid montou um time de estrelas. Os Galáticos. Antes de se mostrarem sem entrosamento e de certa forma, decepcionarem, todos tinham medo de jogar contra o time da capital espanhola. Quem não tinha dinheiro para contar com Zidane, Beckham e outros figurões, tentavam montar times que pudessem segurar a barra mesclando jogadores "experientes" com pratas da casa.
O filme traça oito diferentes pontos de vista sobre o assassinato do Presidente dos EUA (William Hurt, no automático) em plena conferência das nações, ao vivo para o mundo todo. São 15 minutos acompanhando o guarda-costas traumatizado e de volta a ativa, a coordenadora de TV, o turista, a menina indefesa, o atirador e até o presidente. Conforme os pontos de vista são revelados, vamos descobrindo uma conspiração para desestabilizar o governo Norte-Americano.
"Onde que eu aperto pra gravar?"
"Ponto de Vista" seria o time para tentar jogar contra o Real Madrid: Figurões como William Hurt, Dennis Quaid, Sigourney Weaver, o recém-vencedor do Oscar Forest Whitaker e o novo candidato a astro Matthew Fox (o Jack da série Lost) fazem parte do elenco. Mas sem entrosamento. O grande problema deste filme, é que ele parece ter sido feito as pressas. As cenas de ação são decentes e o elenco é calibrado. Mas calibrado, apenas sugerem interpretações inspiradas. O que infelizmente não é exatamente o caso. O final é previsível, tamanha quantidade de clichês que a história possui. Mas apesar de tudo, curiosamente divertido. É como aquela piada que você já conhece, mas contada pior outro amigo: Você já sabe onde ela vai terminar, mas o jeito que ele conta te diverte.
Com Gabe Nevins, Daniel Liu, Taylor Momsen, Jake Miller
1h25 min - Drama
É bem verdade que alguns diretores gostam de exercer seu lado, digamos, alternativo. Como Martin Scorscese faz com filmes como "Shine a Light" e "No Way Home". Mas nenhum deles parece ter a coragem que Gus Van Sant tem de explorar novos formatos. É como se ele resolvesse dar as costas para o convencional, abandonando o cinemão de filmaços como seu "Gênio Indomável". Seu lado experimental já rendeu premiados como "Elefante" e desastres como a refilmagem de Psicose". E agora, este Paranoid Park.
O filme cerca um crime acidental que teria acontecido nas proximidades de um local frequentado por skatistas "barra-pesada" que ganha o nome do título do filme e como isso afeta a vida do garoto Alex e consequentemente das pessoas a sua volta. Desde a investigação parcial do policial do policial Richard, seus amigos e sua namorada Jennifer, com quem parece ter um relacionamento sem futuro.
"Que tal agora? Não tô a cara daquela cantora?"
Paranoid Park está firmando presença em um numero consideravel de listagens de "10 melhores filmes do ano". E pensando nisso, eu questiono se é para tanto barulho ou se eu perdi alguma coisa no filme. Van Sant usa e abusa de tecnicas de câmera, uso consciente de trilhas, belíssimos takes (apesar de alguns levar muito tempo), mas a história nunca aprofunda o quanto queremos. Os personagens estão lá, bem descritos, mas o filme termina justamente quando estávamos prontos para conhece-los melhor. A narrativa não-linear (como se ouvissemos a história de alguém que está bem inseguro) dá voltas e acaba em um ponto conhecido. Destaque para o elenco desconhecido e promissor que tentam segurar o filme. Paranoid Park com certeza não estará na minha lista de 10+ no final do ano. Mas vale a pena conferir. Quem sabe não entre para a sua.
Platéias de todo o mundo parecem se encantar com filmes de roubo. Basta algo interessante para ser roubado, uma pessoa para bolar um plano mirabolante e uma forma bem difícil de realizar tudo. Com esses três ingredientes, filmes como "Uma Saída de Mestre", "Onze Homens e Um Segredo" e aparentemente este "Um Plano Brilhante", filme que se não faz parte do mesmo nível dos outros dois comparados, certamente almejava tal fato.
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A trama começa com Laura Quinn (Demi Moore, tentando sair do limbo cinematográfico), uma americana que trabalha em um banco de diamantes em Londres. Por ser a única mulher trabalhando em um posto alto, ela perde a chance de ser promovida, para um dos puxa-sacos concorrentes ao cargo. Ela fica inconformada após tantos anos de serviço não ter conquistado o cargo que tanto sonhava. Mr. Hobbes (Michael Caine) como bom observador descobre que ela pode ter a motivação e os acessos para realizar o roubo que a tanto tempo planejava.
"Me arruma um papel na franquia do Batman!!"
O filme sofre de um trauma que acomete a muitos outros filmes do gênero: Aquela sensação de "ja vi isso antes". Se não fosse pelo método bizarro (e curiosamente original) que encontraram para realizar tudo, o filme seria batido e careta. Michael Caine se esforça e acaba sendo o melhor da história, mas ainda assim, não se distancia do bom-moço-padrão que geralmente interpreta. Como sempre, o espectador é mantido no escuro na maior parte do tempo, as piadas tentam ser engraçadas e no final das contas, uma conclusão muito melosa e que não dá aquela sensação de, digamos, nobreza que uma motivação deveria passar. Recomendado para os adeptos de ação light, filmes lentos ou de Michael Caine.