(Pineapple Express; EUA, 2008)
Dir. David Gordon Green
Com Seth Rogen, James Franco, Danny McBride, Rosie Perez
1h51 min - Comédia

Não vou entrar em discussões longas. Vou convidá-lo a lembrar de filmes que envolvem personagens digamos, influenciados, pela maconha. Desde os dois grandes maconheiros do cinema recente (Cheech e Chong), passando pelo genial Jefferey Lebowski e terminando em Saul Silver. O tema é sempre sobre personagens chapados, enfrentando situações absurdas e se safando com soluções diferentes. Talvez pensando nisso, a turma de Judd Apatow (que geralmente envolve Seth Rogen, Paul Rudd, Will Ferrell e Steve Carell) escreveu este "Segurando as Pontas", que apesar do título nacional cafona, tenta prestar homenagem.
Dale Denton é um fiscal de justiça que passa os dias se disfarçando para entregar notificações. E passa os dias fumando. Ao testemunhar um assassinato e deixar um tipo de maconha raro no local do crime (O Pineapple Express do título original), Denton e seu fornecedor (James Franco, hilário) passa a ser perseguido por um criminoso grande e por uma policial corrupta.

"Esse cara precisa de um banho..."
Entre o cult e o clássico, Segurando as Pontas não será o clássico. Porque há momentos de diálogos calculados, cenas de lutas sensacionais (de fazer muito filme de ação querer ser mais), e soluções absurdas para problemas que parecem sérios. O fato do filme não se levar a sério em momento algum cativa a audiência fiel e rende piadas inegavelmente engraçadas. Apesar de Seth Rogen estar um tanto apagado, o espectador torçe naturalmente para que Franco assuma mais tempo na tela. Seu personagem é de um carisma tão grande (apesar de chapado o filme todo) que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro e o esquete mais engraçado da cerimônia do Oscar. Apesar das cenas com armas de fogo e afins forçarem soluções constrangedoras, "Segurando as Pontas" é fortemente indicado para quem gosta de assistir cinema despreocupado e de rir da desgraça alheia sem ter que pensar no mundo real. Não é Cheech, nem Chong. Nem Lebowski. Mas com o passar dos anos, terá o seu lugar entre os "Cult" do novo cinema.
Nota 8,5
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